Fonte:
Jornal O Dia
27.09.09 às 03h07
A papelada
que emperra a coleta seletiva no Rio
População esbarra no excesso
de burocracia e não consegue reciclar
o lixo. Comlurb só reaproveita 1% dos
dejetos colhidos na capital
Rio - O caminho entre a lixeira da sua casa
e a cooperativa de reciclagem é uma
maratona desanimadora. Para proteger o meio
ambiente, na cidade do Rio, é preciso
ter muito fôlego para enfrentar a burocracia
ambiental. Falhas no serviço e muita
desinformação emperram a coleta
seletiva, que reaproveita apenas 1% do que
é recolhido pela Comlurb. O montante
reciclado em um mês é muito menor
do que o volume retirado das ruas em um dia.
Dona Emy lamenta que sua
rua, na Tijuca, foi esquecida
pela Comlurb
Somente 42 dos 160 bairros cariocas contam
com o serviço em casa. Estendê-lo
para a cidade toda custaria R$ 29 milhões,
segundo a Comlurb. Mas mesmo nas regiões
já atendidas há buracos: caso
de Dona Emy Soares, cuja rua, na Tijuca, nunca
viu a seletiva passar apesar de o site
da Comlurb garantir o contrário. No
Brasil é tudo pela metade, diz.
Nos bairros desamparados,
a maioria nas zonas Norte e Oeste, resta ao
cidadão correr atrás
mas esse percurso é árduo. Em
todo o município, só existem
cinco cooperativas cadastradas pela Comlurb.
Não há espaço físico
para processar o material reciclado que chega
dos caminhões. O que sobra vai para
aterros clandestinos. O esforço da
população vai para o lixo,
afirma Edson Freitas Gomes, presidente da
Associação das Empresas Recicladoras
do estado.
CAMINHÕES ERRADOS
Edson vê erros já
na coleta da Comlurb. Não podem
usar caminhões compactadores. Ensinam
a gente a separar os materiais, mas eles acabam
esmagando e misturando tudo. Isso atrasa demais
o trabalho na cooperativa. E há o risco
de contaminar a carga. Basta rachar uma garrafa
com restos de bebida, cita. O ideal
seriam carretas do tipo gaiola, onde o lixo
é levado solto, em sacolas.
A prática do dia
a dia desanima a quem aprende desde cedo a
cuidar do planeta. Os irmãos Larissa,
13, e Felipe Marques, 9, sabem direitinho
o que fazer com parte do lixo e até
o separam. Mas, na Vila da Penha, onde moram,
a dedicação é em vão.
Seria bom que toda a cidade tivesse
coleta seletiva, lamenta Larissa.
Educadora ambiental do
Instituto Aqualung, Verônica Castro
faz duras críticas ao governo: O
programa de gestão ambiental do Rio
se perdeu no caminho. Não há
continuidade nem campanhas maciças
em escolas e comunidades.
Na
Tijuca, rua de D. Emy tem coleta virtual
|
Todo dia, a professora
aposentada Emy Soares Dias, 70 anos, separa
o lixo, em seu apartamento na Tijuca, para
a reciclagem. No site da Comlurb, a rua onde
ela mora, a João Alfredo, está
incluída no roteiro do caminhão
da coleta seletiva. Mas, segundo ela, o veículo
nunca passou na sua rua. É uma
coleta só para enfeite. Já liguei
várias vezes para a Comlurb, pedindo
o serviço. Eles dizem que o caminhão
passa, mas ele apenas recolhe o lixo em duas
ruas depois da minha, reclama.
A saída, encontrada
por Dona Emy, foi continuar separando o material
e esperar pela chegada dos catadores. Eles
escolhem o que querem e levam, mas deixam
um rastro de sujeira em frente ao prédio,
queixa-se.
Nem assim ela desanima.
Moradora do bairro há 13 anos, a aposentada
se preocupa em lavar todo o descarte para
chegar limpo às cooperativas. A gordura
que fica na panela não vai para o ralo.
Misturo farinha para secar e depois
limpo com jornal, explica. Ela ainda
separa jornais e papelão. Eu
faço a minha parte, mas no Brasil infelizmente
as coisas não funcionam, lamenta.
Consumidores trocam lixo
reciclado por descontos na conta de luz
Moradores de Niterói,
Cabo Frio, Araruama, São Gonçalo,
São Pedro da Aldeia e Teresópolis
estão trocando o seu lixo reciclável
por descontos na conta de luz. A iniciativa
é da Ampla, que montou 12 postos de
coleta. Os endereços estão em
www.ampla.com/pop_eco_ampla.html. Para participar,
leve lâmpada amarela para
receber outra mais eficiente.
Dez trocas no mês
dão direito ao sorteio de geladeira.
Demais resíduos, como papelão,
vidro e alumínio, são pesados
e o bônus, creditado na fatura. Sônia
Rodrigues ganhou R$ 15 para abater da conta
de R$ 105. Vale muito a pena. Venho
toda semana. Estou ajudando o planeta,
diz. O programa Consciência EcoAmpla
arrecadou em um ano 400 toneladas de lixo,
cadastrou 35 mil clientes e concedeu R$ 67
mil em bônus.
DICAS
SELEÇÃO
DE MATERIAL
A coleta seletiva consiste em separar em três
sacolas o lixo seco reciclável (papelão,
jornais, revistas, plástico, vidro,
metal), o úmido (orgânico, restos
de comida, guardanapos) e o perigoso (lâmpadas
fluorescentes, baterias de celular e pilhas).
PRODUTO VALORIZADO
Material limpo tem mais valor no mercado.
Por isso é importante lavar e escorrer
as embalagens com restos de alimentos antes
de separar para a reciclagem.
SACO TRANSPARENTE
O lixo reciclável deve ser colocado
limpo e seco em sacos plásticos transparentes,
para que o gari da coleta seletiva veja o
conteúdo e não misture o material
com o restante do lixo domiciliar.
ECONOMIZE ESPAÇO
Amasse garrafas PET e latinhas. Desmonte caixas
de papelão e junte-as a jornal e papel
em fardos bem amarrados com barbante.
PLANTA PELO ÓLEO
A Fiocruz troca garrafa de óleo por
uma muda de planta. O óleo poderá
ser entregue em garrafas PET, que são
encaminhadas para recicladoras que o transformam
em sabão e detergente.
REUTILIZE AO MÁXIMO
Em vez de jogar no lixo, doe materiais que
ainda possam servir a outras pessoas. Crie
o hábito de usar embalagens retornáveis
como refil.
Paty
inicia Campanha de Educação
Ambiental nas Escolas com coleta seletiva
a custo zero
Panorama Regional,
14/09/2009, Online
Depois de quase
uma década de muito trabalho
de preparação, pesquisas
e registro das demandas da comunidade
em relação a Desenvolvimento
Sustentável e Preservação
Ambiental, através da Agenda
21 - que colocou este município
no topo nacional dos Programas aprovados
na Eco-92, realizada no Rio de Janeiro
- o prefeito Rachid Elmôr, após
seis meses de governo, acaba de preparar
um Plano Estratégico de Desenvolvimento,
que apresenta à Comunidade no
dia 10 de setembro para entrada imediata
em execução. Rachid inicia
assim um Plano de Governo focado nas
demandas e potencial existente que gradualmente
será concretizado através
de capacitação e estruturas
a estabelecer. Entretanto, a Secretaria
de Meio Ambiente, que detém as
Ações da Agenda 21, para
Preservação Ambiental,
iniciou uma Campanha de Educação
Ambiental nas escolas da rede municipal,
incluindo as particulares, em parceria
com a Tetrapak, que fornece material
didático e suporte operacional
para instalação de 'pontos'
de coleta seletiva de lixo seco, a custo
zero para os sempre deficitários
cofres municipais. As crianças,
os jovens, seus pais e os professores
formarão assim o núcleo
básico de formadores de opinião
e de multiplicadores que permitirão
o crescimento deste movimento de Coleta
Seletiva integrado na Campanha de Lixo
Zero, perseguida pela Agenda 21 de Paty
do Alferes, uma referencia nacional
na Preservação Ambiental
de todo o Brasil. As fotos que acompanham
esta reportagem foram tiradas dia 8
de setembro na EEM vereador Sidney de
Mello Freitas, no Goiabal, onde a Secretária
Municipal de MA Kátia Cavalcante
com as professoras Edna Cañedo
Barros e Elaine Costa Silva, orientaram
os alunos da Educação
Infantil (1º e 2º anos) a
colocarem as embalagens 'pet' e 'tetrapak',
cartões, papel, etc, (depois
de lavadas para evitar contaminação)
dentro dos 'super sacos' de coleta fornecidos
gratuitamente pela 'parceira' com os
Kits de Educação Ambiental.
As escolas receberão, da parceria,
em troca do material ensacado nos supersacos
de lixo, produtos de limpeza para higienização
de suas instalações. Os
super sacos depois de cheios serão
transportados para a Usina de Lixo no
Barro Branco, onde a Cooperativa de
Catadores fará a separação
do Lixo para reciclagem. Começa
desta forma um ciclo virtuoso que objetiva
o Lixo Zero em Paty do Alferes.
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Interado
Ed.17 - 09 de Julho de 2009
Coleta
seletiva com inclusão
social
Estudo publicado em livro
constatou que as organizações
de catadores ainda têm
grande dependência das
prefeituras, cujos programas
não alcançam
eficiência e apresentam
baixa eficácia.
Programas de coleta seletiva
de lixo têm se tornando
modelo de política
pública, com capacidade
de inclusão social
e de geração
de trabalho para a população
de baixa renda. Mas, apesar
dos avanços, esses
programas enfrentam desafios
que ameaçam a própria
sustentabilidade e que afetam,
principalmente, os grupos
organizados de catadores que
têm parceria com prefeituras.
Discutir os desafios dos programas
de coleta seletiva e apresentar
uma discussão sobre
a sustentabilidade socioeconômica
e ambiental desses programas
são destaques do livro
Coleta seletiva com inclusão
social, que acaba de ser lançado.
A produção do
título teve apoio da
FAPESP na modalidade Auxílio
à pesquisa publicação.
De acordo com Helena Ribeiro,
coordenadora da pesquisa,
esses programas em parceria
com associações
de catadores não têm
passado por avaliações,
que apontem vantagens, fragilidades
e correções
de rumo necessárias.
O estudo feito em São
Paulo serviu de base para
a criação de
índices de sustentabilidade
que possam facilitar essa
avaliação e
servir de subsídios
à formulação
de políticas públicas.
Os índices são
compostos por indicadores
como o Índice de Desenvolvimento
Humano, dados de mortalidade
infantil, escolaridade e renda,
disse a professora titular
do Departamento de Saúde
Ambiental da Faculdade de
Saúde Pública
de Universidade de São
Paulo (USP) à agência
FAPESP.
A pesquisa foi feita em 11
municípios da Região
Metropolitana de São
Paulo, que têm parceria
com associações
ou cooperativas de catadores
no programa de coleta seletiva.
Esses municípios são
responsáveis por cerca
de 13% dos resíduos
sólidos domiciliares
coletados no Brasil, aponta
o estuda apoiado pela Fundação
Nacional de Saúde (FUNASA).
As associações
fazem a triagem do material,
enfardamento, comercialização
e vivem do que arrecadam.
Esse modelo de programa
é recomendado pelo
Fórum Lixo e Cidadania,
como forma de garantir renda
mais constante aos catadores,
incentivar a reciclagem nos
municípios, reduzir
o material destinado a aterros
e diminuir custos, disse
Helena.
Segundo ela, o primeiro desses
programas começou em
1994, no município
de Embu (SP), tendo se tornado
mais comuns após 2000.
Entretanto, não havia
uma avaliação
sobre a sustentabilidade dessas
iniciativas.
Apesar de seis pesquisadores
assinarem o livro, a obra
não é composta
de artigos. Participaram do
projeto três docentes
e duas alunas de pós-graduação
da USP e um docente do Centro
Universitário Senac.
Não há
uma divisão de capítulo
por autores, pois todos participaram
de todas as fases da pesquisa,
inclusive da redação
do texto final contou
Helena.
Pesquisamos todos os
programas com parceria existentes
na Região Metropolitana
de São Paulo, ou seja,
11 prefeituras e 32 organizações
de catadores. E aplicamos
aos responsáveis por
essas organizações
dois modelos de questionários
para levantar variáveis
ambientais e sanitárias,
sociais, econômicas,
institucionais e de infraestrutura,
disse.
A análise e a discussão
dos resultados permitiram
elaborar indicadores e índices
de sustentabilidade para os
programas e para as organizações
de catadores. Duas organizações
atingiram alto índice
de sustentabilidade, mas a
maioria apresentou índice
médio.
A definição
adotada para a sustentabilidade
engloba a capacidade de desenvolver
atividades com garantia legal
e de recursos, com a meta
de universalização
dos serviços e obtenção
de resultados ambientais e
sociais crescentes. E os indicadores
que compuseram o índice
dos programas são sustentabilidade
econômica, marco legal,
parcerias, cobertura da coleta,
índice de recuperação
de materiais recicláveis
e índice de rejeito.
A sustentabilidade das
associações
foi definida como a capacidade
de desenvolver suas atividades
de forma regularizada e de
realizar trabalho e gerar
renda a seus membros em condições
adequadas, explicou
Helena.
Alta
rotatividade
O estudo
constatou que as organizações
de catadores ainda se encontram
em grande dependência
das prefeituras, cujos programas
não alcançam
eficiência e apresentam
baixa eficácia. As
prefeituras, por sua vez,
investem recursos, não
remuneram catadores pelos
serviços prestados
e não utilizam indicadores
para avaliação
e melhoria dos programas municipais,
destacou Helena.
De acordo com a professora
da Faculdade de Saúde
Pública da USP, foi
constatada insegurança
das organizações
quanto à continuidade
dos programas e à garantia
de sua sobrevivência,
principalmente em relação
à renda para os membros.
Os programas apresentavam
aspectos de inclusão
social, formação
de capital social e geração
de postos de trabalho a baixo
custo. Entretanto, muitos
aspectos precisavam ser fortalecidos,
apontou.
A renda média dos membros
das organizações
de catadores variou de R$
125 a R$ 600 e, segundo a
pesquisa, a rotatividade era
alta. A origem era predominantemente
de catadores dos lixões,
catadores autônomos,
desempregados e donas de casa.
O uso de equipamentos de proteção
individual se mostrou baixo
e houve ocorrência significativa
de acidentes de trabalho.
Os principais problemas apontados
na gestão das organizações
de catadores foram a falta
de participação
da população,
falta de capital de giro,
insuficiência de formação
técnica e capacitação
e competição
de catadores autônomos.
Segundo o livro, em tempos
de forte crise de emprego
e de busca de novas oportunidades
de negócio, o mercado
de recicláveis atraiu
novos atores. Multiplicou-se
o número de catadores
avulsos e de caminhões
de empreendimentos informais
de sucata. Por outro lado,
a oscilação
do dólar repercutiu
no valor dos recicláveis
e vem dificultando sua venda,
pois gerou importação
de insumos por preços
mais baixos.
Essas mudanças,
propiciadas pela lógica
de mercado, não podem
ser ignoradas pelos formuladores
dos programas de coleta seletiva
com gestão compartilhada,
disse Helena.
http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id===AUUJkcUVVOHNlRaVXTWJVU
Interado
Ed.17 - 09 de Julho de 2009
A
insolúvel equação
dos aterros sanitários
Gastam-se por dia R$ 12,8
mi com lixo. As grandes cidades
têm de levar seus detritos
cada vez mais longe.
- Muitas polêmicas estão
acesas em torno do lixo. Que
se deve fazer? Reduzi-lo?
Reaproveitá-lo? Reciclá-lo?
Depositar em aterros? Ou incinerar
e com ele gerar energia? A(s)
resposta(s) depende(m) de
muitos fatores, a complexidade
é grande. Mas a urgência
também é enorme.
Muitas das grandes cidades
brasileiras (São Paulo,
Rio, Belo Horizonte, Curitiba,
entre outras) estão
com seus aterros esgotados.
E implantar outros é
muito difícil: exige
terreno grande, que não
seja distante (para não
encarecer o custo do transporte),
mas não tenha moradores
na vizinhança; lençol
freático profundo,
para não ser contaminada
pelo chorume; sistema viário
amplo; ventos favoráveis,
para não incomodar
com o cheiro comunidades próximas.
Mas não se pode demorar
com as decisões. Uma
em cada três cidades
do interior de São
Paulo com mais de 100 mil
habitantes está com
o aterro esgotado (Estado,
15/3). Vinte por cento dos
aterros paulistas (42 lixões)
são irregulares (Estado,
26/5). Segundo levantamento
do IBGE (2002), mais de 50%
das 230 mil toneladas de resíduos
domiciliares e comerciais
recolhidas a cada dia no País
vão para lixões
a céu aberto. Pouco
mais de 40% chegam a aterros,
embora os realmente adequados
sejam apenas 11%. Nossa situação
só não é
ainda mais dramática
porque, segundo o Cempre (Compromisso
Empresarial pela Reciclagem),
os catadores de lixo encaminham
para empresas recicladoras
a quase totalidade das latas
de bebidas descartadas, 33%
do papel e papelão,
46% do vidro, 16,5% do plástico.
Uma medição
feita na cidade de São
Carlos, SP, mostrou que, sem
os catadores, o volume de
lixo encaminhado para o aterro
aumentaria 39%.
Até aqui, fala-se em
lixo domiciliar e comercial,
sem incluir resíduos
industriais, de estabelecimentos
de saúde, lixo tóxico,
radioativo. E resíduos
da construção
civil, que costumam ter volume
maior que o domiciliar/comercial.
Na cidade de São Paulo,
por exemplo, fora as 2.500
toneladas diárias recolhidas,
há 1.400 postos de
despejo irregular desses resíduos
(Estado, 2/2) e 3 mil toneladas
são simplesmente jogadas
nas ruas a cada dia. Quase
da metade das 29 mil caçambas
cadastradas estão em
situação irregular.
E o desperdício dos
materiais em geral é
impressionante. Estudo da
Universidade Estadual Júlio
Mesquita Filho em Sorocaba
mostrou que 91% das 135 toneladas
diárias (54% de materiais
orgânicos) aterradas
na cidade de Indaiatuba (175
mil habitantes) poderiam ser
reutilizadas ou recicladas.
O custo do desperdício
é enorme. Mesmo que
se adote média baixa
para o preço da coleta
e destinação,
no País gastam-se por
dia pelo menos R$ 12,8 milhões
e por ano, R$ 3,86 bilhões.
Mas não se tem solução
à vista. O projeto
de Política Nacional
de Resíduos Sólidos,
em tramitação
no Congresso, mesmo que se
aprove o último substitutivo,
pouco ajudará. Só
torna obrigatória a
devolução de
embalagens no caso de agrotóxicos,
pilhas e baterias, bulbos
fluorescentes, pneus e aparelhos
eletroeletrônicos -
uma fração reduzida
do lixo, sem incluir o orgânico
e a maior parte dos resíduos
industriais.
A reutilização
de materiais dependeria de
coleta seletiva, que é
muito pequena no país
todo e em pouquíssimos
lugares inclui a separação
obrigatória (entre
orgânicos e inorgânicos)
nas casas, lojas e escritórios;
encaminhamento para usinas
de reutilização
e reciclagem; compostagem
do lixo orgânico (para
transformá-lo em fertilizante);
transformação
do que for possível
(papel e papelão em
telhas revestidas de betume
e PVC em mangueiras pretas
são alguns exemplos);
e venda de materiais (vidro,
latas, metais, etc.) a recicladoras.
Assim se consegue reciclar/reutilizar
até 80% do lixo e economizar
o equivalente do espaço
nos aterros. Mas, a coleta
seletiva, quando existe, é
quase só em contêineres
nas ruas, com baixa adesão
da população.
E a reciclagem em usinas públicas
é baixíssima
(em São Paulo, menos
de 1% do lixo).
Nos países que mais
conseguiram avançar
no setor, todo gerador de
resíduos (domiciliar,
comercial, industrial, de
construções)
é obrigado a separar
pelo menos orgânicos
de inorgânicos; paga
pela coleta e pela destinação
(que pode ser reutilização,
reciclagem ou incineração;
quase não há
mais aterros.
Mesmo aí, entram em
cena problemas e contradições.
Se uma boa política
recomenda em primeiro lugar
a reutilização
de materiais, como entender,
por exemplo, a incineração,
mesmo para gerar energia?
Depois, é preciso lembrar
que é um caminho caro.
E ainda aceitar que, nesse
processo, vai-se precisar
de cada vez mais lixo. Não
bastasse, é preciso
ressaltar que se trata de
processo que exige o uso de
altas temperaturas, acima
de 900°C, para evitar
na queima - principalmente
de orgânicos - a emissão
de dioxinas, furanos e outros
gases altamente perigosos
para a saúde humana.
Mas não há dúvida
de que a incineração
economiza o espaço
cada vez mais difícil
nos aterros. No Rio de Janeiro,
está em andamento projeto-piloto
da Universidade Federal e
de uma empresa privada, que
daqui a dois anos começará
a incinerar resíduos
a 1.000°C. Mas já
começa a receber críticas
da associação
das empresas de limpeza pública,
que apontam o desperdício
dos materiais.
O outro lado, entretanto,
lembra que nos Estados Unidos,
no Canadá e em outras
partes as municipalidades
têm de destinar parcela
cada vez maior de seus orçamentos
ao lixo, porque têm
de transportá-lo e
depositá-lo a distâncias
cada vez maiores. Como em
Nova York, Toronto e outras.
Até Belo Horizonte
já leva seu lixo para
outros município, a
60 quilômetros.
A conclusão é
de que o ideal é educar
a população
para que tente reduzir o lixo
que produz. Reutilizar o que
for possível. Ter sistemas
eficientes de reciclagem,
para o que não for
possível. E, no fim
do processo, aterrar ou incinerar
(esta opção,
em condições
seguras) - fazendo as contas
completas para saber qual
das duas últimas alternativas
custará menos à
sociedade, em termos ambientais
e financeiros.
|
Recicoleta
participa do Seminário ARERJ
e IMA-UFRJ em 24/06/2009
Recicoleta
participa do 5° Encontro da
ANAMMA que ocorreu nos dias 21/06/2009
a 23/06/2009 na Casa de Cultura
em Paraty.
PROGRAMAÇÃO
21 de Junho
18h Credenciamento
19h Abertura
20h Palestra
Pacto pelo Saneamento no Estado
do Rio de Janeiro - Secretária
de Estado do Ambiente Marilene Ramos
20h30 Palestra
A Política Ambiental do MMA
para os Municípios - Ministro
do Meio Ambiente Carlos Minc
21h Coquetel
de Confraternização
22 de Junho
8h30 Painel
O Licenciamento Ambiental como Instrumento
de Gestão Municipal
- O Papel do
Município no Licenciamento
dos Projetos de Grande Impacto
. Angra 3
. Porto do Açu
. Comperj
12h30 Almoço
14h Palestra
Agenda 21 - Ações
da Agenda 21 Estadual nos Municípios
14h30 Palestra
Gestão Físico-Territorial
e Ambiental dos Municípios
15h Painel O
Programa Estadual de Resíduos
Sólidos
16h30 Painel
O Programa Estadual de Recursos
Hídricos e os Cômites
de Bacia
18h30 Encerramento
23 de Junho
8h30 Mesa-Redonda O Papel da ANAMMA
nos Cenários Estadual e Nacional
10h Apresentação
das Chapas e Eleição
da Diretoria da ANAMMA-RJ para o
Biênio 2009/2010
12h Encerramento
Foto 016 - Mesa
de abertura composta pelo prefeito
de Paraty José Carlos Porto
Neto, presidente da ANAMA kátia
Perobelli, Ministro do Meio Ambiente
Carlos Minc, Secretária de
Estado do Meio Ambiente do Rio de
Janeiro Marilene Ramos, Vice-presidente
da AEMERJ e prefeito de Mesquita
Artur Messias, Secretária
de Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente da prefeitura de Paraty
Maria Brasilicia Dallanese,Vice-presidente
da ANAMA Nacional Mauro Buarque,
Presidente do INEA Luiz Firmino
Martins, Superintendente do IBANA
do Rio de Janeiro Adilson Gil, Coordenador
da Região Sudeste do Instituto
Chico Mendes, Promotora de Justiça
e Subcoordenadora do Sexto Centro
de Apoio das Promotorias de Tutela
Coletiva Renata Neme Cavalcanti.
http://www.pmparaty.rj.gov.br/noticia.php?Id=297
Notícias
24/06/2009 - Carlos Minc participa
do 5º ANAMMA em PARATY
A Associação de Órgãos
Municipais de meio Ambiente do estado
do Rio de Janeiro escolheu Paraty
para sediar o 5 Encontro da entidade
que teve abertura no último
domingo na Casa da Cultura e terminou
nesta segunda-feira. A programação
foi vasta e contou com a presença
de várias autoridades ligadas
ao meio ambiente e com a participação
especial do Ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc.
Na cerimônia
de abertura a mesa foi composta
pelo prefeito de Paraty José
Carlos Porto Neto, presidente da
ANAMA kátia Perobelli, Ministro
do Meio Ambiente Carlos Minc, Secretária
de Estado do Meio Ambiente do Rio
de Janeiro Marilene Ramos, Vice-presidente
da AEMERJ e prefeito de Mesquita
Artur Messias, Secretária
de Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente da prefeitura de Paraty
Maria Brasilicia Dall'anese,Vice-presidente
da ANAMA Nacional Mauro Buarque,
Presidente do INEA Luiz Firmino
Martins, Superintendente do IBANA
do Rio de Janeiro Adilson Gil, Coordenador
da Região Sudeste do Instituto
Chico Mendes, Promotora de Justiça
e Subcoordenadora do Sexto Centro
de Apoio das Promotorias de Tutela
Coletiva Renata Neme Cavalcanti.
O principal
objetivo desse encontro é
discutir questões ambientais
que envolvem nosso estado. O prefeito
de Paraty, Zezé Porto começou
falando nosso município tem
cerca de 85% de área tombada
como patrimônio ambiental
e ressaltou " Temos a perfeita
consciência da preservação
do meio ambiente, aqui nós
temos uma grande luta que é
buscar equilíbrio entre o
desenvolvimento turístico
da nossa cidade e a preservação
ambiental, isso é sustentabilidade.
Queremos preservar muito mais nossos
parques e reservas, precisamos ter
uma melhor estrutura para receber
os turistas, mas também temos
que oferecer emprego e renda. O
meio ambiente agrega valor a nossa
cidade, por isso vamos participar
de uma reunião com o Ministro
Carlos Minc nas próximas
semanas para discutir a questão
do Saneamento Básico de Paraty",
concluiu o prefeito.
Todos da mesa
falaram sobre a importância
do evento e da luta pelo meio ambiente.
O Ministro Carlos Minc iniciou falando
sobre as obras emergenciais da Paraty
Cunha e sobre o saneamento
básico no nosso município.
"Temos que aproveitar essa
oportunidade e começar logo
essa obra", ressaltou o Ministro.
Ele lembrou que tem participado
de várias conferências
ambientais pelo mundo e que a luta
é uma só: "Todo
mundo quer preservar e defender,
evitar emissão de gases poluentes,
mas tem gente querendo passar a
"moto serra" na legislação
ambiental brasileira", falou
Minc que também fez um apelo
aos prefeitos presentes no evento:
"Peço o esforço
de todos vocês para impedir
que passem a machadinha na nossa
legislação ambiental,
eu não conheço outro
planeta para irmos não, depois
de tanta irresponsabilidade",
concluiu.
Minc questionou
o fato de não ter concurso
público para a área
ambiental: "Como é possível
dizer que educação
ambiental é prioridade, que
meio ambiente é prioridade
e não ter um concurso para
SERLA, FEEMA e IEF há 30
anos. Isso é prioridade de
enganar troxa, de garganta. Prioridade
é quando você investe,
faz concurso, qualifica e estrutura",
concluiu.
Carlos minc
também falou sobre o ICMS
verdade, pediu aos prefeitos que
invistam mais nas secretarias de
meio ambiente para melhorar as ações
e aumentar a arrecadação
desse importo para o município."Paraty
depois que tratar o esgoto receberá
mais verbas para estruturar melhor
o município", disse.
Na abertura
do evento 4 materiais foram distribuídos
aos participante e o ministro fez
questão de falar um pouco
sobre cada um deles.
Ele iniciou
falando do plano Nacional de Mudanças
Climáticas, um projeto de
redução de poluentes,
fundo Amazônia e outros que
tem elevado o nome do Brasil nos
fóruns internacionais que
abordam a questão, segundo
Minc o Brasil levou muita pancada
da ONU quando não tinha nenhum
projeto desse porte. Falou sobre
a Agenda A3P, são projetos
de redução do desmatamento
dos biomas e outras ações
que servem de exemplo e lembrou
que todos devem se preparar para
participar dele o ano que vem. A
terceira ação é
Meio Ambiente Ações
estratégicas para trabalho
de prevenção e o MMA
(Ministério do Meio Ambiente)
que prevê ações
de como os municípios podem
se integrar ao MMA no combate ao
desmatamento, extrativismo rural
sustentável, ambiente urbano
e gestão de resíduos
sólidos entre outros.
Minc concluiu
sua fala dizendo que estamos vivendo
um momento muito importante, já
reduzimos 55% o desmatamento da
Amazônia e vamos trabalhar
juntos nesses projetos para conseguir
o licenciamento ambiental nos municípios
que foi o tema da palestra ministrada
no segundo dia do encontro.
Foram
dois dias de discussões com
palestras e vários temas
em torno do meio ambiente


Recicoleta
participa do Semana de Meio Ambiente
em Teresópolis em 05/06/2009
Recicoleta
participa do Evento Recicla Rio
em 04/06/2009
Governo do Estado
apóia Campanha Recicla Rio
na Semana do Meio Ambiente
03/06/2009 - 17h33
Em comemoração
à Semana do Meio Ambiente,
a Secretaria de Estado do Ambiente
apóia a Campanha Recicla
Rio, uma iniciativa da SuperVia
e da Rede Nacional do Programa de
Reaproveitamento de Óleo
Vegetal PROVE. O lançamento
da campanha será nesta quinta-feira
(4/06) das 10h às 15h, na
estação Central do
Brasil.
O evento terá
a participação do
Grupo Afromangue, apresentações
musicais de Jazz e MPB, esquetes
teatrais, exposição
de produtos reciclados e oficinas
de reciclagem. Além disso,
o público também receberá
orientações sobre
a dengue e a coleta seletiva e serviços
de utilidade pública, como
por exemplo, a retirada de vias
de carteira de trabalho.
Durante o evento,
o público poderá visitar
diversas tendas e participar de
atividades sociais e ambientais
gratuitas que serão oferecidas
pela Secretaria Estadual do Ambiente
e Inea, SuperVia, PROVE, SESC, Aqualung,
Instituto Ambiental Reciclar, Comlurb,
Universidade Gama Filho, ONG Defensores
da Terra, Secretaria Municipal de
Saúde e Defesa Civil, Secretaria
de Estado do Trabalho e Renda, ITCP/COPPE/UFRJ
e Recicoleta.
O objetivo é
incentivar o descarte correto do
lixo e estimular a população
do Rio de Janeiro a doar seus resíduos
para a reciclagem. Esta prática
contribui para a redução
do consumo de energia e da poluição,
além de diminuir os gastos
com limpeza urbana. O desperdício,
assim como os custos de produção,
também são reduzidos,
através da reutilização
da matéria-prima. A reciclagem
ainda pode se transformar em uma
fonte de renda para catadores e
artesãos que transformam
o lixo em peças úteis
e bonitas.
O evento Recicla
Rio é uma iniciativa da SuperVia,
em parceria com a Rede Nacional
do PROVE, com apoio do Governo do
Estado do Rio de Janeiro, Prefeitura
do Rio de Janeiro, Amil, Repsol,
Alberoni Arruda, Chaing Sign, Ponto
Solda e Strategy.
O programa da
Rede Nacional do PROVE beneficia
34 cooperativas e auxilia na renda
de cerca de 1.000 famílias,
através da coleta e reciclagem
do lixo e óleo de cozinha
de empresas e instituições.
Qualquer cidadão também
pode participar do projeto doando
seu material reciclável.
Para isso, basta entrar em contato
com a Rede Nacional do PROVE (2598-9240/
3882-4787/ redenacionaldoprove@gmail.com)
e agendar as coletas de recicláveis
em ruas, edifícios, bairros
e comunidades.
http://www.ambiente.rj.gov.br/pages/imprensa/detalhe_noticia.asp?ident=740
Lançamento
do Projeto de coleta das ELV nas
Escolas de Mesquita em 04/06/2009
Foi lançado
no início de Junho/09 o projeto
para capitação de
Embalagens Longa Vida e Óleo
Vegetal nas escolas de Mesquita.
A idéia é que os alunos
levem estes materiais de casa para
a escola. Todo material arrecado
será doado para cooperativa
e associação de catadores
local para ajudar no aumento da
renda.
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Projeto
Recicoleta é implementado nas escolas
municipais de Búzios
Alunos levarão para as escolas embalagens
longa vida e programa fará a coleta
para reciclagem
A Prefeitura
de Búzios, através das secretarias
de Meio Ambiente e da Pesca e de Educação
e Ciências, inicia nas 16 escolas da
rede municipal de ensino, o projeto Reciclagem
nas Escolas. Como início de um
programa de coleta seletiva nos estabelecimentos
de ensino, os alunos serão estimulados
a separar embalagens longa vida (ELVs), que
serão recolhidas por um coletor cadastrado
pela secretaria de Meio Ambiente e Pesca.
Interessada
em difundir a ideia da coleta seletiva no
Município para fins de reciclagem,
a Prefeitura, através de uma parceria
com a Recicoleta (empresa de reciclagem da
Tetrapak), está introduzindo o programa
nas escolas municipais. A intenção
é que o projeto se expanda e possa
abranger outros tipos de materiais recicláveis.
O lançamento
aconteceu segunda-feira passada (8) no Hotel
Rio Búzios, com presença dos
diretores das escolas municipais, secretária
de Educação e Ciências
Carolina Rodrigues, secretária de Meio
Ambiente e Pesca Adriana Saad, representante
da Tetrapak Paulo Ribeiro, e o responsável
pela coleta nas escolas conhecido como Ivan
da Latinha, entre demais convidados.
http://www.jornalprimeirahora.com.br/buzios/noticias.asp?idn=21848
Minc
diz que reciclagem do lixo doméstico
presta bom serviço ao meio ambiente
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc,
disse nesta sexta-feira (15), que o trabalho
de reciclagem e reaproveitamento de lixo doméstico
em condomínios, envolvendo os catadores
em um processo de educação ambiental
permanente, é um bom serviço
ao meio ambiente. Para o ministro, esse é
um trabalho de formiguinha, com cada morador
fazendo a separação do lixo
em sua residência e o resultado final
toma proporções não imagináveis
no início. "Quase tudo pode e
deve ser reciclado e reaproveitado",
salientou.
Ele participou
nesta sexta-feira, no Senai da Tijuca, no
Rio de Janeiro, do encontro da Associação
Brasileira de Administradoras de Imóveis
(Abadi), em que foi apresentado um projeto
de reciclagem de lixo em condomínio
com o objetivo de reaproveitar mais de 100
toneladas por mês. Minc destacou que
essa não é a primeira parceria
com a Abadi. Ele falou sobre uma parceria
para reduzir a poluição sonora
em condomínios em um trabalho de colaboração
das pessoas para alcançar um equilíbrio
de segurança e conforto.
Outros
trabalhos desenvolvidos junto com a Abadi
foram a distribuição de cartilhas
incentivando a população sobre
a importância do trabalho de coleta
seletiva e do reaproveitamento de óleo
de cozinha, que pode ser transformado em sabão
e até mesmo em biodiesel. Minc lembrou
que essas atitudes individuais são
importantes porque tem muita gente preocupada
em destruir o meio ambiente e pouca gente
preocupada em preservar.
Minc também
anunciou no evento, que reuniu síndicos
de vários edifícios da zona
norte fluminense, que no dia 5 de julho será
lançada a estação de
tratamento de esgoto da barra. A maior parte
das doenças, principalmente em crianças,
vem de água poluída, por isso,
água limpa é saúde.
Quinta-feira,
4 de Junho de 2009
Material reciclado será
utilizado em telhado de quadra esportiva
A Escola Municipal América Xavier da
Silveira, que fica no bairro Santa Rita, se
mantém na liderança entre as
unidades de ensino que mais encaminham material
para a reciclagem. Com a coleta realizada
no final do mês passado, a escola contabilizou
1.416 quilos de material tetra pak, o que
corresponde a cerca de 4.300 embalagens.
Alunos,
pais e os profissionais da escola descobriram
que era possível trocar as caixinhas
por produtos úteis para a escola. Um
deles é a telha fabricada com material
tetra pak. Então resolveram se unir
para cobrir a quadra de esportes.
Para cada
telha que se parece com a de amianto
, será preciso arrecadar 110
quilos de material tetra pak. A mobilização,
já começou. Estamos no
caminho. Os alunos entenderam a proposta de
educação ambiental e ainda vamos
cobrir a quadra da escola. Vai ser muito gratificante
para todos nós. As crianças
continuam empolgadas e eu tenho certeza que
nós vamos conseguir as 150 telhas que
precisamos, disse a diretora da escola,
Maria da Conceição Cavalcante.
O projeto foi criado na rede municipal de
ensino em outubro de 2007
Quinta-feira,
4 de Junho de 2009
Escola premia aluno que
mais doar caixas tetra pak
A diretora da Escola Municipal América
Xavier da Silveira, propôs uma competição
entre as crianças. Todo mês,
a turma que doar mais caixinhas é presenteada
com uma atividade especial que pode ser a
apresentação de um filme com
direito a pipoca, festival de cachorro quente
e tarde de recreação. No próximo
dia 05 de junho, durante as atividades para
comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente será
eleito, pela primeira vez, o aluno que mais
colaborou com o projeto. O presente é
surpresa, mas o campeão já sabe
que vai ganhar medalha e foto no quadro de
avisos da escola. A iniciativa está
agitando os 800 alunos da escola, que abraçaram
a ideia.
No
mês de maio eu trouxe 335 caixinhas.
Fiz a minha parte, afirma o aluno Igor
do Carmo Chagas, de 12 anos. Ele ainda revelou
o segredo para conseguir tantas doações:
Eu moro no bairro Monte Castelo. Lá,
todo mundo já sabe que caixa de leite
não pode ir para o lixão. Cobrir
a quadra é a vontade de todos nós.
Quando a ela estiver coberta, vão acontecer
mais atividades para os alunos, acredita.
Desde o
início do projeto as escolas municipais
de Nova Iguaçu, que participam da coleta
seletiva, já enviaram 5.669,30 quilos
de material tetra pak para a reciclagem. A
Associação dos Coletores e Depositários
de Resíduos Sólidos e Líquidos
(Acresol), parceira do projeto, faz a coleta.
Depois o material vai para o depósito
de recicláveis Recicoleta, o único
no Estado do Rio de Janeiro diretamente ligado
à empresa que produz as embalagens
de tetra pak. Em seguida as caixinhas seguem
para a reciclagem em São Paulo.
Importância
da Coleta Seletiva foi tema do último
dia do Congresso
No terceiro
e último dia do evento, as empresas
Abipet e ReciColeta trouxeram seus representantes
para o Centro da Ação e Cidadania
que esclareceram a importância da reciclagem
e do papel de cada individuo nesta luta em
prol dos catadores e do meio ambiente
A necessidade
de dar um destino correto aos resíduos
sólidos foi o tema do debate no último
dia (16) do 1º Congresso Estadual do
Movimento Nacional dos Catadores de Materiais
Recicláveis. Hermes Contesini, representante
da Abipet (Associação Brasileira
da Indústria do PET); e Paulo Ribeiro,
do ReciColeta (projeto da Tetrapak), falaram
da importância da coleta seletiva e
dos trabalhos realizados com embalagens Pet
e Longa Vida.
Hoje, 1.365
toneladas de embalagens são recolhidas
e 80% dessas ainda vão para aterro
sanitário ou lixão. Apenas 20%
são recicladas. A ReciColeta constitui
uma unidade de recebimento e comercialização
das embalagens longa vida, visando melhor
preço, igualdade social e melhores
condições de trabalho. O preço
pago pelo material solto e prensado é
tabelado e não tem como objetivo ter
fins lucrativos. A empresa trabalha com diversos
setores relacionados à coleta seletiva,
como: cooperativas, depósitos, prefeituras,
escolas, entre outros.
Já
a Abipet congrega mais de 90% da indústria
brasileira do setor. A principal atuação
da empresa na área de preservação
do meio ambiente é o estímulo
à coleta e reciclagem das embalagens
de Pet.
Estas empresas
vêm incorporar o trabalho das cooperativas
que não possuem espaço suficiente
para a separação dos materiais.
Como uma forma de auxiliar neste trabalho,
o site Rota da Reciclagem (www.rotadareciclagem.com.br)
disponibiliza os pontos de arrecadação
de embalagens longa vida em que qualquer pessoa
pode participar do processo de separação
e entrega das embalagens para a reciclagem.
O trabalho
executado por estas e outras empresas está
discriminado na lei de número 3369
que estabelece normas para a destinação
final de garrafas plásticas e dá
outras providências.
http://mncr-rj.com.br/index2.php?opcao=10
Edição
Maio de 2009
Parcerias ecológicas da Infraero
beneficiam o
meio ambiente e catadores do Galeão
e Guarabu
Implantado no Aeroporto Internacional Tom
Jobim em dezembro de 2007 pela Coordenação
de Meio Ambiente da Regional Leste da Infraero,
o Programa Coleta Seletiva Solidária
do Galeão já tratou, até
dezembro de 2008, mais de 600 mil quilos de
lixo. O público-alvo do programa são
os agentes de coleta, ex-catadores de lixo
das comunidades do entorno do aeroporto:
- A Infraero doa os resíduos gerados
no aeroporto, onde trabalham 30 mil pessoas,
às Associações dos Catadores
de Materiais Recicláveis do Galeão
e do Guarabu, por meio da ONG do Lixo, assegurando
emprego a 32 pessoas - explica o engenheiro
ambiental Fued Abrão Junior, da Infraero.
O reaproveitamento desse material diminui
a incineração de resíduos,
beneficiando o meio ambiente, com o menor
volume de gases emitidos pelo incinerador,
e proporcionando economia de óleo diesel,
energia elétrica e água.
EMBALAGEM longa vida
Mas as ações ecológicas
da |nfraero não param por aí.
No último dia 31 de março, a
estatal firmou uma parceria com a ONG Recicoleta,
com o apoio da Tetra Pak, para o recolhimento
de embalagens longa vida, junto à comunidade
aeroportuária. As embalagens são
recicladas e transformadas pela Tetra Pak
em telhas ecológicas, vendidas depois
pelo mercado de materiais de construção.
O projeto da Infraero é construir uma
biblioteca comunitária, para uso dos
agentes de coleta, e que terá em sua
cobertura essas telhas ecológicas.

FUED ABRÃO JUNIOR, ENGENHEIRO
AMBIENTAL DA INFRAERO
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TELHAS ECOLÓGICAS FEITAS DE
EMBALAGEM LONGA VIDA
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INÚMERAS FAMÍLIAS SÃO
BENEFICIADAS PELO PROJETO DA INFRAERO
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COMO COLABORAR
A Ilha pode ajudar: empresas, condomínios,
escolas, shoppings, clubes e associações
de moradores, todos podem colaborar com o
projeto ecológico de reciclagem de
embalagens longa vida desenvolvido pela Infraero.
Empresas de transporte e cooperativas de vans
também, recolhendo o material doado
e encaminhando-o ao galpão da Infraero.
Informações mais detalhadas
pelo telefone 3398-4974.
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